Nas brumas do tempo, onde a paixão floresceu,
Um homem e uma mulher, seus corações se uniram e se teceu.
Em cada olhar, faísca de desejo, chama a arder,
Nos toques, a promessa de um amor sem sofrer.

Nos primeiros dias, o mundo era um sonho encantado,
Cada momento, uma aventura, um mundo desvendado.
Juntos, desbravaram horizontes de emoção,
Nas asas da paixão, voavam sem direção.

Mas o tempo, implacável, sussurra segredos ao vento,
E a paixão intensa cede espaço ao tempo lento.
Agora, a saudade dos tempos iniciais da paixão,
Envolve-os como um manto, trazendo melancolia à solidão.

Recordam-se dos risos, das mãos dadas ao luar,
Dos beijos roubados, do doce sabor a navegar.
A chama que um dia ardeu com fogo incandescente,
Agora, brilha mais ténue, mas não menos presente.

E assim, entre suspiros e olhares perdidos no passado,
O homem e a mulher revivem o amor que têm guardado.
Na saudade dos tempos iniciais, encontram a eternidade,
Pois o verdadeiro amor nunca se apaga, apenas se transforma em saudade.