O Velho no espelho
É Domingo e acordei
O rosto eu fui lavar
Para abrir os olhos, me esforcei
Em frente ao espelho a me olhar
O que vi não me agradou
Estava um velho na minha frente
Pensei, estarei doente?
Até que o olhar clareou!
Afinal sim, era eu
Não me restava mais dúvida
Era o acordar de um bréu
Num espelho que devolveu
O que era meu e não seu
Abri bem os olhos e vi
A passagem de uma vida
A juventude perdida
O acordar da realidade
Dela os frutos eu colhi
Sim, também perdemos o que amamos
E tarde, a conclusões chegamos
Tudo aquilo ali senti!
JOSE MARIA FRAZÃO
Enviado por JOSE MARIA FRAZÃO em 24/11/2024